domingo, 23 de maio de 2010

Estreia o Meu Cão no Yahoo! ; veja como participar

A família, os amigos e o pessoal do escritório não aguentam mais ver as fotos do seu cachorro? Bom, é hora de ampliar o público. O Yahoo! Brasil lança neste sábado o especial "Meu Cão no Yahoo!", uma seleção de fotos dos amados mascotes dos nossos leitores.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os grandes mitos caninos


Por Ayrton Mugnaini Jr., especial para o Yahoo! Brasil


Ah, agosto, mês do folclore, que é uma das coisas mais injustiçadas que existem. Muita gente boa entende "folclore" não como sinônimo de sabedoria & tradição popular e sim de besteirol & boataria. Mas é fato que não faltam mitos, noções erradas e até lendas urbanas sobre tudo que é assunto - inclusive cães. Vamos lembrar aqui alguns dos mitos sobre a cinofilia mais, digamos, acreditáveis e por isso muito comuns, do tipo "eu acredito porque foi minha avó quem me contou" ou "sei que é verdade porque vi na televisão ou na Internet".

É verdade que quem mora num mundo como este e vê o que se vê tende a acreditar em tudo mesmo. Mas nem comentaremos aqui histórias realmente inacreditáveis, como aquela de que os Dobermans são potencialmente perigosos porque seus cérebros não param de crescer ou a outra segundo a qual um cão que morder algum outro bicho e engolir sangue poderá se tornar violento. O que lembraremos aqui são mitos até que acreditáveis, meias-verdades e quase-fatos, separados por assuntos, para organizar ainda mais a bagunça: a saúde do cão, sua alimentação, sua socialização e seu adestramento & treinamento.

Saúde

"Focinho quente é sinal de doença."

A temperatura dos focinhos costuma subir durante o sono do cão, daí ele acordar de nariz quente, o que é normal. Só haverá problema se, além de quente, o focinho do bicho estiver seco e o cão mostrar grandes alterações de comportamento.

"Cães não precisam ser vermifugados quando não saem à rua."

Como se vermes tocassem campainha ou pagassem pedágio... Mesmo no recesso do lar os caninos podem contrair micróbios trazidos por mosquitos. Prudência, canja de galinha (cuidado com os ossinhos! Mais sobre isso daqui a pouco) e vermifugação não fazem mal ao canino são ou doente.

"Cães avisam quando estão doentes."

Na verdade, eles conseguem esconder as doenças, para não se mostrarem vulneráveis ao "inimigo", e os sintomas só costumam aparecer quando a doença ou incômodo estiverem bem avançados, dando então a impressão de que o bicho está chamando a atenção para o problema.

"Cães só enxergam em preto e branco."

Eles apenas vêem menos cores que o ser humano, pois seus olhos têm menor quantidade de celular cônicas, que permitem distinguir as cores.

"Cadelas devem ter ninhada antes de serem esterilizadas."

Do ponto de vista de saúde e bem-estar do bicho, castração (para machos) e esterilização (para fêmeas) são benéficas, diminuindo o risco de tumores em mama, testículos e próstata e de infecções urinárias.

"Vira-latas são mais saudáveis que cães de raças puras."

Não é bem isso. Vira-latas costumam estar menos sujeitos a enfermidades ou problemas comuns a certas raças, mas nem por isso são invulneráveis ou mais imunes a doenças que outros cães.

Alimentação

"Cães comem pedras, papéis e colchões atrás de nutrientes para complemento alimentar."

Na verdade, cães gostam de mordiscar tudo o que aparece para se divertirem, ter o que fazer e chamar atenção, embora possam se beneficiar da eventual.presença de proteínas e outros nutrientes do que comerem.

"Ossos são sempre bons para o cão."

Não faltam histórias em quadrinhos e desenhos animados em que o melhor tesouro do cão é seu osso. Na vida real, tudo bem o bicho roer ossões grandes, de preferência com tutano, já que muitos cães gostam de ficar mordiscando coisas e todos precisam se alimentar. Mas nada de ossos pequenos - basta lembrar da atenção que devemos dar a crianças humanas que não devem ser deixadas com "partes pequenas que podem ser engolidas". Ossos cozidos também são problema, pois podem se romper e formar rebarbas perigosas. (Vai ver que foi esta a inspiração daquela marchinha aparentemente nonsense gravada por Silvio Santos nos anos 1970, que dizia "Socorro, socorro/Ai, ai, eu morro/Chegou a vez do osso morder cachorro".) Sem falar que o cão tem tanta necessidadade de higiene bucal quanto o ser humano. Para o cão se divertir sem riscos, ossos de borracha e náilon são ideais.

"Se você mexer na comida do cão enquanto ele estiver comendo, ele te morde."

Se o cão ataca quem mexe, acidentalmente ou não, na comida dele, inclusive os donos, sejam adultos ou crianças pequenas, o problema está na socialização - ou falta dela. Sempre comparo cães a crianças pequenas, e me lembrei daqueles pais sempre ocupados e pouco presentes, que "têm uma ligeira ideia de umas pessoas pequenininhas que andam pela casa". Do mesmo modo, não basta encher a gamela de comida, dizer "oi" e "tchau" e pronto. O cão tem que entender que, mais que donos, você e seus filhos são amigos dele, não inimigos que querem roubar-lhe a comida. Ele precisa até ficar contente quando os donos, sejam de que idade forem, vêm mexer em seu prato, porque sabe que vai ganhar carinho ou um petisco. O ideal é começar a alimentar o peludo dando-lhe comida na palma da mão, e depois, a cada vez que lhe servir comida (servir mesmo, não simplesmente jogá-la como aqueles restaurantes que fazem por merecer que tanta gente reclame nos jornais), mexa na gamela, começando por uma mexidinha e, com o tempo, enfiando a mão na comida mesmo. Daí que, se alguém chutar sem querer o prato ou uma criança bulir na comida, ele não se sentirá ameaçado.

Socialização

"Cães e gatos são inimigos."

Isso virou até símile, "brigar como cão e gato". Na verdade, depende do temperamento de cada cão e gato; o que não falta são gatos que não se dão bem nem com outros gatos e cães que vivem às turras até com outros cães. Depende também da socialização: também não faltam caninos e felinos que só faltam se dar as patas e sair pelo mundo cantando "Amigos Para Siempre". Um bom exemplo é o do jornalista e produtor cultural André "Pomba" Cagni, "pai" de duas cadelas e uma gata, respectivamente a Cocker Penélope Demônio (nascida em 2003), a Schnauser Tetéia Mocréia (já uma senhora de dez anos) e uma Siamesa que, embora chegada mais tarde (nasceu em 2007), tem o nome mais longo, Pitbull Triplex 666 From Hell. (Sim, falaremos em outra oportunidade sobre os nomes dados a nossos animais de estimação.) "Quando a gata chegou, ela tinha acabado de desmamar e já foi mamando na Penélope", lembra Cagni. "Apesar de castrada, Penélope estava com gravidez psicológica e ainda tinha leite. E hoje as três interagem e brincam o dia todo."

"Cães precisam de quintal."

É claro que ninguém gosta de viver sufocado e confinado em "apertamento". Mas pode reparar: dê a seus cães um quintal do tamanho de um campo de futebol, e a maior parte do tempo eles vão ficar à porta esperando a hora de entrar em casa. No fundo, muita gente quer um quintal não para o cão ter seu próprio espaço e se divertir, mas sim para ele ficar lá fora e deixar o dono em paz. Como não dizia aquela canção: cachorro não quer só comida, cachorro quer comida, diversão e fazer arte, cachorro quer saída para qualquer parte (desde que com saquinho e coleira, claro) - e diversão é solução pro cão. Mais que ficarem confinados em casa e quintal, cães querem brincar, correr, se exercitar e se divertir na companhia dos donos. Afinal de contas, seres caninos são como humanos: ambos são bichos de matilha e, embora nem sempre pareça, gostam de vida social, inclusive com "cães" esquisitos que andam em duas patas e falam uma língua complicada e incompreensível.

"Cães só abanam a cauda quando estão felizes."

Tem até a piada do cara que manda cortar bem rente a cauda de seu cão porque "minha sogra vem nos visitar e não quero nenhuma manifestação de alegria nesta casa". Mas o cão abana a cauda devido a diversos estados de excitação, ansiedade ou mesmo agressividade. De modo geral, cauda abanando erguida a 90 graus significa que o bicho está agressivo; a cauda baixa mostra que o cão está agressivo porém desconfiado e na defensiva; e a cauda praticamente na horizontal é convite para brincar. Convém lembrar que a linguagem corporal dos cães, embora mais simples que nossa linguagem falada, não é tão simples quanto parece; o cão pode querer dizer uma porção de coisas não só pela cauda, mas também pelas orelhas, olhar, posição da cabeça e outros detalhes. Na dúvida, antes de se aproximar de um cão estranho, converse com o dono!

"A mandíbula de um Pitbull se prende quando ele morde."

No máximo, a mordida de um Pitbull é mais forte que a maioria dos outros cães, mas esta história de mandíbula com "fechadura" é mais um produto da injusta má reputação do Pitbull como besta-fera das piores (bem que os produtores do filme Flashdance fizeram o que podiam para desmenti-la quando alçaram o famoso Grunt ao estrelato).

Adestramento e treinamento

"Cães farejadores de drogas são viciados nelas para as detectarem."

O treinamento de caninos policiais para reconhecimento de determinadas substâncias é essencialmente o mesmo dado a seres humanos, policiais ou não, que aprendem a detectar a presença ou consumo de drogas por indícios como cheiros ou mudanças de comportamento; ninguém precisa se transformar em ávido consumidor. (Por sinal, os melhores traficantes costumam ser caretões.) O treinamento do cão para rastrear drogas é fazê-lo associar o aroma delas a alguma coisa boa, como um brinquedo, afago ou petisco, premiando-o quando tem êxito na busca.

"Cão macho é melhor para ser guarda que a fêmea."

Muitos pensam assim devido ao macho ser mais agressivo. Mas o que define um bom guarda, canino ou humano, não é a agressividade e sim a verdadeira coragem; não confundir com aquela "coragem" que nasce do susto e do medo - ou, como cantava o arretado Gordurinha, "estupidez não é valentia". E valentia muitas fêmeas têm de sobra. Obviamente, alguns caninos, machos ou fêmeas, têm temperamento mais adequado à guarda que outros. Outro detalhe: muitos cães machos de guarda podem ser tapeados se o terreno vigiado for "invadido" por uma Mata Hari peluda no cio ou mesmo um pedaço de tecido com o mesmo aroma; a tendência será o instinto de reprodução uivar mais alto e o bonitão abandonar a guarda, indo atrás da fêmea ou de seu cheiro. E a adestradora Maíce Costa Carvalho lembra um detalhe interessante: "As fêmeas costumam guardar as pessoas; os machos guardam o território. Tal diferença provavelmente se dá devido à sua vida selvagem, onde os machos cuidam do território, e as fêmeas dos filhotes e membros mais fracos da matilha."

"Os melhores cães de guarda são os mais agressivos."

Acabamos de ver que agressividade só não é nada suficiente; o canino precisa ser socializado e adestrado para distinguir amigos de inimigos e não sair atacando e mordendo quem não deve.

"Gatos são mais espertos que cães."

Depende do que se considera "esperteza". O gato pode ser mais auto-suficiente, mas o cão é muito melhor (ou pelo menos demonstra mais disposição) para aprender comandos.

"Cão deve ser treinado por um profissional."

Equivale a dizer que crianças devem ser criadas por babás e não por pai e mãe. Não falamos há pouco em pais e mães presentes? Pois bem, se você deixar outra pessoa educar seu cão, é a ela que ele vai acabar obedecendo!

"Se o cão fizer cocô onde não deve, esfregar seu focinho nas fezes o ensinará a não fazer isso nesse local."

O resultado será que o canino adquirirá a habilidade de fazer cocô no local proibido logo que você virar as costas.

"Não se pode ensinar truques novos a cão velho."

Não bastassem preconceitos como o sexismo e o racismo, temos o "idadismo", desta vez aplicado aos cães com a desculpa de esta noção ter se tornado um provérbio "aplicável" a todos. Bem, uma característica interessante do folclore - folclore no melhor sentido, o de sabedoria popular - é de que quase todo provérbio tem seu oposto. No caso, trata-se do velho (no bom sentido) e bom "nunca é tarde para aprender". Bastam exercícios físicos e mentais e boa alimentação para se manter a boa forma em qualquer idade, inclusive para assimilar coisas novas. (Apenas dois exemplos são o ator, dançarino e cantor Fred Astaire, ainda disposto a aprender a andar e dançar de skate aos 78 anos de idade, e a fotógrafa alemã Leni Riefenstahl, que começou a tirar fotos subaquáticas aos 72 anos.) É claro que, tal como os humanos, o cão mais idoso pode apresentar uma ranhetice ou outra e já ser bastante metódico e sistemático, mas nem por isso vai deixar de aprender novidades com um pouco de esforço e paciência do dono e/ou treinador - sem falar que muitas vezes o canino muda de dono já com certa idade precisa conciliar o que já sabia com o que precisa assimilar.

E aí está uma boa coletânea comentada de noções que um dia se tornarão tão folclóricas - no sentido de curiosas - e obsoletas quanto as de que manga com leite faz mal, dormir sobre o lado esquerdo faz mal ao coração e uma meia velha enrolada no pescoço cura soluços. Realmente, é preciso ouvir tudo e acreditar em metade... inclusive quando são nossos amigos caninos que dizem.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de sumir?




Revista Cães & Cia, n. 360, maio de 2009

A misteriosa volta dos gatos para casa depois de um longo período de ausência tem algumas explicações. Saiba quais são

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela m memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar - bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!

Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra. Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.

Por que alguns cães odeiam ficar sozinhos


Revista Cães & Cia, n. 360, maio de 2009

Saiba quais motivos podem levar o cão a se desesperar ou a ficar deprimido cada vez que os donos saem

O seu cão odeia ficar sozinho? Ele não é o único. Existe até um nome específico para esse problema: ansiedade de separação.

Desespero

Uma das manifestações do problema é facilmente percebida. O cão late sem parar, chora, arranha ou morde a porta, baba, se lambe ou se morde. Há ainda reflexos como aceleração dos batimentos cardíacos e aumento de cortisol, hormônio relacionado com o estresse.

Depressão
Outra possível consequência da ansiedade de separação é o estado depressivo. Nada motiva o cão enquanto ele está sozinho. Não bebe água, não come, ignora diversos estímulos que o motivariam se estivesse com os donos. Por um lado, esses comportamentos incomodam menos e chamam menos a atenção que o desespero, mas, por outro, o animal pode estar sofrendo física e psicologicamente, o que produz alta taxa de hormônio do estresse e aumenta o risco de contrair problemas de pele, câncer e outras doenças.

Causa
Quando lobos e cães selvagens estão em grupo, têm maior chance de sucesso nas caçadas e de sobreviver. Para eles, portanto, estar sempre em grupo é uma questão estratégica. Essa programação genética é herdada também pelos cães, inclusive por aqueles que vivem no aconchego de um lar humano. E essa tendência natural pode ser amenizada ou piorada, dependendo das nossas atitudes.

Não estimular
A maioria dos cães tem de ficar sozinha em um ou outro momento. Entre as iniciativas que podem evitar a ansiedade de separação, uma é não supervalorizar as saídas e as voltas ao lar. Nunca saia de casa se desculpando para o cão, preocupado ou ansioso demais. Nem chegue fazendo muita festa. Ao contrário, nesses momentos mantenha-se relaxado e evite retribuir a festa. Não é fácil, mas vale a pena: o cão será diretamente beneficiado.

Onde deixar
Se o cão tem acesso aos quartos e à sala de TV na sua presença, não restrinja a permanência nesses espaços quando ele estiver sozinho. Ficar exatamente onde você costuma ficar faz o cão se sentir melhor. Mais ainda se naquele lugar vocês costumam interagir e permanecer juntos por bastante tempo. Dormir no seu sofá preferido ou sobre o seu travesseiro são ótimas maneiras de diminuir a ansiedade do cão.

Se isso não for possível, adote outra estratégia. Procure fazer da caminha dele o "centro da matilha". Deixe nela o seu cheiro e permaneça mais tempo perto dela, com ele. Assim, o cão não se sentirá tão excluído quando for preciso deixá-lo sozinho.

Seu cão não é sua sombra

O cão que nos segue o tempo todo dentro de casa costuma sofrer mais quando fica sozinho - a ruptura se torna radical se, o tempo todo, ele nos vê, ouve e cheira.

Para diminuir o excesso de proximidade, a solução é ensinar o comando “fica” e pô-lo em prática algumas vezes por dia. Comande “fica” quando você for para a cozinha, por exemplo. Dessa forma, além de o cão se acostumar com as suas ausências temporárias, perceberá que você volta sem ele precisar latir ou arranhar a porta.

Evitar traumas
Podemos dizer que os cães têm medo de ficar sozinhos e que, se ocorrer algo assustador ou muito desagradável durante a ausência dos donos, esse medo tende a aumentar. Por isso, se você souber que haverá estouro de fogos, uma tempestade ou algum outro evento que possa ser assustador, não saia de casa se for possível. Ou, então, dê um remédio para acalmar o cão e ele não sofrer muito nem se traumatizar. Avalie qual é o melhor medicamento para esses casos com um médico-veterinário e procure testar o medicamento algumas vezes antes de sair de casa.

Caça a petiscos
Esconder petiscos pela casa para serem encontrados pelo cão durante a ausência dos donos ajuda a entretê-lo, a relacionar solidão com comportamentos prazerosos e a torná-lo menos ansioso. Normalmente, para aumentar o interesse do cão, é preciso estimular o apetite dele. Se ele estiver um pouco ou muito acima do peso correto, situação bastante comum, bastará deixá-lo com o peso adequado para o apetite aumentar bastante.

domingo, 2 de agosto de 2009

Toxoplasmose - Será que os gatos são mesmo os vilões?

Toxoplasmose
Será que os gatos são mesmo os vilões?

A toxoplasmose é uma doença causada por um protozoário, um microorganismo chamado Toxoplasma Gondii, que pode infectar o homem e diversas espécies animais, como cães, gatos, aves, porcos, carneiros e bovinos.

A forma mais comum de contrair a doença é pela ingestão de água e alimentos contaminados. A ingestão de carne crua ou mal passada, por exemplo, é um grande risco tanto para o homem como para os animais domésticos carnívoros, como os cães e os gatos. Por isso, não alimente seu amigão com crua ou pouco cozida. Dê preferência à ração.

Erroneamente, costuma-se atribuir aos gatos a culpa pela transmissão da toxoplasmose ao homem. No entanto, sabe-se que é bem pouco provável que os animais domésticos sejam os culpados, na maioria das vezes.

No caso do gato, o animal pode ter a doença desde o seu nascimento (assim como o homem), mas, ao contrário de outras espécies, não irá manifestar sinais clínicos. Ele só irá transmitir a doença caso tenha uma queda de resistência. Nesse caso, irá eliminar o protozoários pelas fezes, oocistos ('ovos') que demoram de 1 a 5 dias no ambiente para serem infectantes, ou seja, poderem infectar outros indivíduos. Assim, acariciar o gato e conviver com ele, mantendo o mínimo de cuidados como lavar as mãos após limpar a caixa de areia e não dormir com o animal na cama são medidas suficientes para evitar a transmissão. Não há relatos de transmissão pela lambedura ou arranhadura do gato, o toxoplasma é eliminado pelas fezes.

Não é todo o gato que tem a toxoplasmose, muito pelo contrário. Assim, não é preciso olhar desconfiado para o seu bichano.

No caso de mulheres grávidas, não é necessário se desfazer do animal da casa, temendo a doença. Basta tomar os cuidados descritos acima. O maior cuidado deve ser com a ingestão de alimentos e água. A doença em mulheres gestante realmente é preocupante, pois a toxoplasmose quando contraída no primeiro trimestre da gestação, pode causar problemas ao feto.

Os pombos, até pouco tempo eram incriminados pela transmissão da toxoplasmose pelas fezes. Porém, estudos mais recentes mostram que apenas a ingestão da carne crua ou mal passada de pombos é que pode transmitir a doença. A inalação de poeira com fezes secas de pombos contaminados podem transmitir criptococose, histoplasmose e ornitose para o homem. A salmonelose também pode ser transmitida pelas fezes desses animais.

Assim, é muito fácil termos contato com o parasita causador da toxoplasmose: consumo de água, frutas e legumes contaminados, alimentos mal cozidos, principalmente carne bovina e aves. Mesmo com a grande exposição à doença, apenas uma minoria desenvolve a toxoplasmose.

A pessoa ou animal contaminado pelo Toxoplasma, à exceção dos gatos, que raramente têm sintomas, apresenta febre, gânglios aumentados, sinais diversos, como órgãos aumentados e sinais neurológicos, como transtorno visual. Mas como explicado, a maioria das pessoas não desenvolve a doença, criando anticorpos contra ela.

A Toxoplasmose se pode ser tratada, se descoberta a tempo. É preciso desmistificar a culpa do gato na transmissão da doença e olharmos as outras formas de transmissão, muito mais comuns e importantes.

sábado, 6 de junho de 2009

Como lidar com o choro do filhote


Como lidar com o choro do filhote
Revista Cães & Cia, n. 311, abril de 2005
Filhote de cão é adorável, divertido e carinhoso. Costuma proporcionar ótimos momentos. Mas, infelizmente, nem tudo é alegria. Alguns dos comportamentos do cãozinho podem aborrecer e irritar os donos. É o caso do choro nas primeiras noites passadas em um novo lar, assunto abordado por Alexandre Rossi Por que os filhotes choram?O choro do filhote tem finalidade muito clara: chamar a atenção da mãe em momentos de estresse causados por motivos como solidão, fome ou frio. A mãe, por sua vez, procura confortar prontamente o filhote que chora.
O novo proprietário, ao levar o cãozinho para casa, o separa da mãe e dos irmãos, colocando-o num ambiente completamente diferente, com outros cheiros e barulhos. Para piorar, na hora de dormir, muitas vezes o filhote é deixado sozinho, isolado de todos na área de serviço ou num quartinho. É natural que se sinta inseguro e chore tentando chamar a mãe.Atitude dos proprietáriosAo ouvir o choro, os novos donos costumam ir ver se está tudo bem. Depois, deixam o filhote sozinho e ele chora outra vez. A cena se repete, deixando os moradores da casa irritados.
E o cãozinho leva bronca a cada visita do dono, que quer silêncio. Alguns proprietários passam grande parte da noite e da madrugada nessa situação, torcendo para não arrumar encrenca com os vizinhos por causa do barulho e nem levar multa do condomínio. Outros desistem das idas e vindas e levam o filhote para dormir no quarto ou acabam pegando no sono ao lado do cão, no local onde ele está.Estímulo involuntárioEm todas essas situações, o filhote logo relaciona o estar se esgoelando com a chegada de alguém. E, mesmo levando bronca, se sente gratificado. De tão assustador que é para ele ficar sozinho, a presença da pessoa é um alívio. A bronca acaba, portanto, tendo resultado oposto ao esperado. E incentiva a chorar mais em vez de acabar com o choro.Ao sentir-se recompensado, o filhote pode aprender o tipo e a intensidade de choro que resultam em mais visitas, passando a utilizá-los com maior freqüência, para infelicidade de donos e vizinhos.Como lidar com o choro?A recomendação clássica é oferecer ao filhote um cantinho o mais aconchegante possível. Coloca-se no local um pano com o cheiro da mãe e dos irmãozinhos (esfrega-se o pano neles quando se vai buscar o filhote), uma bolsa de água quente e algo que faça um barulhinho capaz de distrair, como um relógio ou um rádio em volume bem baixo.
Sempre que o filhote for deixado nesse local, a regra é ignorar os ruídos que faz para chamar a atenção, não o recompensando com visitações. Dessa maneira, espera-se conseguir que o choro acabe em algumas noites.Leve-o para dormir com vocêO filhote poupado de situações demasiadamente estressantes tende a ser mais confiante e corajoso, ao contrário do que alguns imaginam. Além disso, o estresse forte pelo qual passa o cãozinho que se desespera por estar sozinho pode também prejudicar o sistema imunológico, resultando em maior facilidade de contaminação por doenças e parasitas.
Atualmente, a recomendação é não deixar que o filhote se sinta completamente abandonado no período inicial da grande mudança que lhe foi imposta. Assim, nas primeiras noites, podemos permitir que ele durma na companhia de alguém. Mas o cão não deve atribuir isso ao fato de ter se esgoelado, caso contrário se sentirá estimulado a esgoelar cada vez mais.
O procedimento é gradual. Quando, alguns dias depois da chegada à nova casa , o filhote estiver familiarizado com ela e com os novos cheiros e barulhos, é levado para dormir em seu espaço definitivo. Já ambientado, ele não estará mais tão inseguro. E, se reclamar quando deixado sozinho, poderemos ser mais firmes para conseguir silêncio. Uma técnica é usar uma lata cheia de moedas e sacudi-la sempre que o filhote iniciar os latidos ou o choro. As broncas devem ser rápidas e secas, para evitar que ele se sinta recompensado por latir ou chorar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Esclarecimentos.

Nosso grupo no momento não tem como recolher nenhum animal. Estamos sem dinheiro pra alimentar esse que já cuidamos.
Precisamos montar um gatil, e não temos condições de erguer a estrutura, porque pra eles, precisa ser ate o teto fechado, pois eles escalam e fogem.

Se precisar de algo urgente, podem entrar em contato conosco pelo email: adota_marilia@hotmail.com

Seguindo o pedido de uma seguidora, vou fazer uma parte só de animais desaparecidos.
Querida, pode mandar a foto deles que publicamos no orkut!

Beijos para todos

sábado, 16 de maio de 2009

Justiça condena casal por abandonar vira-lata que morreu em Cascavel (PR)

LUIZ CARLOS DA CRUZ
Colaboração para a Agência Folha, em Cascavel

Um casal de Cascavel (498 km de Curitiba) foi condenado pela Justiça do Paraná a pagar R$ 965 por abandonar um cão vira-lata, que acabou morrendo na cidade.

Em outubro do ano passado, os donos do animal, batizado de Urso, venderam a casa onde moravam e se mudaram sem levar o cachorro. Durante dois meses, Urso aguardou a volta da família em frente à casa. Viu o imóvel ser demolido e, mesmo assim, continuou à espera dos donos.

Divulgação/Acipa
Os donos de Urso venderam a casa onde moravam e se mudaram sem levar o cachorro; cão aguardou a volta da família por 2 meses
Os donos de Urso venderam a casa onde moravam e se mudaram sem levar o cachorro; cão aguardou a volta da família por 2 meses

Já debilitado, o cachorro foi retirado da rua após denúncia feita por uma vizinha à Acipa (Associação Cidadã de Proteção aos Animais) --uma ONG que atende animais em situação de risco.

"A vizinha me ligou e disse que ele estava morrendo", diz Laurenice Veloso, voluntária da Acipa. Com a demolição da casa, o animal ficava embaixo de um pé de limoeiro em meio aos escombros.

Segundo Veloso, Urso foi levado já doente para a entidade e recebeu atendimento veterinário. Com pneumonia, desidratação e desnutrição, o cão chegou até a passar por sessões de acupuntura durante o tratamento. "Quando eu e minha filha encontramos o cachorro, os olhos dele eram de uma tristeza indescritível", conta.

Ela descobriu o novo endereço dos proprietários do animal e foi atendida pelo casal. "Peguei o Urso nos braços e perguntei se eles o conheciam", diz. A justificativa dada, segundo ela, foi que o animal foi deixado para um pedreiro.

A ONG decidiu registrar um boletim de ocorrência e levou o caso à Justiça. O cão ficou mais de um mês internado em uma clínica veterinária. No período de internação, voluntários da Acipa se revezaram nas visitas a Urso, levando comida. "Ele adorava gemada. Tomava seis ovos por dia", diz Veloso.

Após receber alta, o cão foi adotado pela voluntária. No dia 25 de janeiro, o animal adoeceu novamente e teve paralisa nas patas traseiras. O quadro se agravou. No dia 16 de fevereiro, passou a ter dificuldades para respirar. Por recomendação veterinária, Urso foi submetido a eutanásia três dias depois.

Na semana passada, Atílio Dallagnol, que era proprietário do animal, ao participar de uma audiência no Juizado Especial Criminal, foi condenado, por maus-tratos, a pagar R$ 965.

Ele não quis comentar o caso, que considera "encerrado". O valor já foi pago (R$ 465 foram depositados na conta de um conselho da comunidade e R$ 500 foram para ressarcir os custos veterinários).


Fonte: Folha UOL

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O que é agressividade pro dominância?


No quadro Dr. Pet que foi ao ar ontem, você conheceu um pouco do drama de Toby, um pastor belga que estava muito agressivo. O problema era tão grave que seus donos estavam até cogitando sacrificá-lo! Felizmente, tudo acabou bem e Toby apresentou uma grande melhora!

Nesta semana daremos algumas dicas que poderão ajudar você que está passando por uma situação parecida. Começaremos falando hoje sobre um dos tipos mais comuns deste problema: agressividade por dominância.

Se o seu cachorro é daquele tipo que se sente o dono do sofá, e costuma até rosnar quando alguém chega perto se ele estiver sentado, ou já sai logo mostrando os dentes por qualquer coisinha, atenção: ele pode estar mostrando este tipo de agressividade!

Porque tanta agressividade???

A dominância é um dos fatores mais comuns que podem levar a agressividade canina, e que geralmente se manifesta quando o cachorro se acha o chefão da casa: faz o que quer, como quer, e na hora que quer…

O Todo-Poderoso

Isso porque, na cabeça do animal é como se ele fosse o seu patrão. E já que ele é o superior, não vai acatar ordens das pessoas que estão abaixo dele de jeito nenhum.

Quem é que manda aqui?

Mas não se desespere! Se o seu cachorro estiver com esses sintomas existem formas de evitar este tipo de comportamento. O primeiro passo é você mostrar ao cão quem é o verdadeiro líder da matilha.

Imponha limites ao cão. Ofereça água, comida, carinho e conforto. No entanto, deixe bem claro que ele não pode fazer certas coisas… Escolha um sofá da casa, por exemplo, e não permita que ele suba especificamente naquele móvel. Não dar comida pra ele enquanto você estiver sentado à mesa e não deixá-lo dormir na cama com você, também são estratégias que podem ajudar bastante você a acostumar o animal a obedecer limites.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Saiba como evitar que o gato arranhe os móveis


Quem tem gato em casa, sabe bem o que é isso… O bichano deixa suas marcas em quase todos os cantos: no sofá da sala, nos colchões, até no tapete que sua mãe acabou de comprar, enfim… a casa parece ter sido decorada pelo próprio felino. Mas por que os gatos arranham tanto?

Lixa de unha

Ao contrário do que se imagina, quando os gatos arranham eles estão buscando muito mais do que manter as unhas aparadas e afiadas… Os felinos manifestam este tipo de comportamento por vários motivos: para brincar, espreguiçar, para afiar as garras sim… Mas esse ato também serve para se comunicar!

Passei por aqui!

Arranhar é um dos comportamentos que os gatos utilizam para se comunicar com o mundo. Passando e cravando suas garras sobre algumas coisas, os bichanos acabam fazendo marcações no ambiente. Deixam cheiros e sinais visuais que são facilmente reconhecidos por outros gatos. Ainda não se sabe exatamente o que esses sinais querem dizer. Mas pode ser uma informação bem territorialista, do tipo: “Cara, se manda daqui que esse pedaço é meu, sacou!”.

Imagem arranhada

Sofás destruídos, cortinas desfiadas, estantes arranhadas, e o gato passa a ser encarado pela família como um destruidor de mobílias! Começa então a nossa tarefa de limpar a barra do bichano. E o primeiro passo é entender que não devemos eliminar o hábito de arranhar, mas sim dar outras alternativas para o felino praticar este comportamento sem causar tanto estrago.

Como agir?

Antes de qualquer coisa, faça com que o local onde o gato mais gosta de arranhar se torne desagradável pra ele. Um bom jeito de conseguir isso é colar uma fita dupla-face nesses lugares proibidos. Outra dica bacana é borrifar água no focinho do felino – com cuidado para não espirrar nos ouvidos! – bem no exato momento do comportamento indesejado. Isso vai incomodar o bichano, que não terá mais vontade de deixar suas marcas naquele local.

Manicure

Ao mesmo tempo é muito importante dar ao gato um cantinho onde ele poderá fazer a festa: um arranhador para gatos! Posicione o objeto perto do espaço onde o bichano costuma brincar ou tirar uma soneca. Se os alvos prediletos do felino são tapetes e carpetes, coloque o arranhador em cima da parte mais destruída.

O ideal é que o gato tenha arranhadores em pelo menos 2 ou 3 locais da casa e que seja incentivado a usá-los. Você pode fazer isso estimulando brincadeiras no local, espalhando brinquedos dele por perto e até pendurando alguns no arranhador. E não se esqueça de recompensar o felino sempre que ele agir corretamente: ofereça petiscos bem gostosos e encha o bichano de carinho!

Importante: não tente esfregar as unhas do gato no arranhador. Participe, mas deixe que ele aprenda naturalmente, sem forçá-lo.

Fonte: Bicho Amigo

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Dizer "não" para o cão: como treinar o cachorro a obedecer?


Com medo de perder o carinho do cão, muitas pessoas acabam não usando a palavra “não” da maneira correta. O bicho precisa enxergar você como um líder. Por isso, agir com firmeza é essencial para que você ganhe esse respeito e confiança do animal.

A importância do fracasso

Se você quer mesmo que o seu cachorro aprenda e respeite o significado da palavra “não”, é importantíssimo que ele fracasse sempre na tentativa de fazer alguma coisa errada.

Inclusive esse é um ótimo exercício de paciência e persistência pra você: se o cachorro te vencer pelo cansaço, o treinamento vai por água abaixo! Lembre-se: só há vontade de tentar se há chance de conseguir e seu cão sabe muito bem disso!

Sem exceções!

Portanto, não abra exceções: se o cachorro não deve subir no sofá, então não deixe que ele o faça em hipótese alguma! Se durante o exercício você permitir que o cão suba no móvel uma única vez, ele vai entender que sempre existe uma possibilidade de conseguir o que quer.

Treinando o “não”

Existem vários exercícios práticos que podem te ajudar a ensinar para o cão o significado da palavra “não”.

Um deles é bem simples: coloque um petisco no chão, pode ser um biscoito, bem na frente do cachorro, e diga “não!” sempre que ele tentar pegar a guloseima. Certifique-se que ele não conseguirá, de jeito nenhum, pegar a recompensa. Para isso, você pode usar uma guia ou se conseguir, impedi-lo com a própria mão.

Faça o exercício várias vezes. Sempre que o cão te respeitar e não manifestar nenhuma intenção de roubar o biscoito, recompense-o pelo comportamento certo com carinhos e petiscos.

Coisas proibidas

Também há algumas situações que nos permitem praticar ainda mais o exercício do “não” no dia a dia. Por exemplo: quando seu cachorro pula em você pra tentar roubar os biscoitos que estão na sua mão antes de oferecê-los pra ele. Nesse caso, chegue bem perto do cão e faça aquela festa. Se ele pular, diga “não!” e vire-se de costas imediatamente. Repita a ação toda vez que o cachorro pular em você nessas circunstâncias. Mas, atenção: não se esqueça de recompensá-lo todas as vezes que ele agir da maneira correta.

Colocando estas dicas em uso, logo você vai dominar o “não!” e se tornar o verdadeiro líder da sua matilha, e tudo isso sem perder o carinho do seu cãozinho!

Fonte: Bicho Amigo